6º Jornada - EREIRA vs LAPA

Suor, Garra e o Hino ao Futebol

Mais uma tarde de futebol com muito publico na bancada ( ou no meio da estrada e junto ao bar), tal como o grande derby exigia. No fundo, para os leitores terem uma ideia, este é uma espécie de Benfica-Belenenses da nossa Superliga.

A Ereira apresentou-se na máxima força, como a condição de líder exigia, com uma única alteração face ao jogo com o Benfica do Ribatejo, com a saída do Defesa Central João Pedro (na Golegã em coma) e a entrada do “sempre lesionado” Alexandre, com a deslocação de Nunico para central (o Katsouranis da Ereira???).

Num jogo com uma primeira parte jogada muito com o coração, destaque para a excelente réplica da Lapa, que não permitiu à Ereira explanar o seu futebol. Expressões como “sobe”, “arrenca”, “bate” eram elucidativas da qualidade futebolística da primeira parte.

Numa primeira parte sem oportunidades de golo, sentia-se na bancada a ansiedade do intervalo para umas rodadas de mines e coiratos.

A segunda parte começou ao ritmo da primeira, mas a partir dos 5 minutos a Ereira puxou dos galões e começou a pegar no jogo (notou-se o trabalho psicológico ao intervalo do mister João Panta e do seu adjunto Nuno Franco). Com apenas uma alteração ao intervalo, entrada de Líbano e saída de “Alex braziu” (fraca prestação resultante de ter passado o jogo a pensar no seu trabalho fotográfico para o calendário da Ereira em que é o cabeça de cartaz do Janeiro/Fevereiro), a Ereira começou a pegar no jogo, bola no chão e espalhar magia!!! As oportunidades sucediam-se e a segurança da defesa dava confiança à equipa para a busca do golo. Oportunidades escandalosas foram-se falhando, numa semana em que o treino de finalização foi intenso, com destaque para as perdidas de João “o criativo” Carlos (nas bancadas pedia-se “mete o pijama e vai mas é dormir” – numa alusão aos treinos de pijama) e de Alexandre (onde se prevê que tenha havido uma deslocação de qualquer osso ou musculo na execução do gesto técnico). No entanto, adivinhava-se que o golo haveria de surgir.

Ao minuto 70, João “o criativo” Carlos, arrancou com a bola, depois de um ligeiro encosto no adversário e cruzou, Marco passou por um adversário e ofereceu a Sérgio para, à terceira tentativa, facturar (mais uma grande exibição do “regista” Sérgio – com destaque para a qualidade quer futebolística, quer ao seu estilo, a qualidade de partir a cabeça a toda a equipa).

No entanto o momento alto estava para chegar…”Minuto 73, alívio da Lapa e aparece Felpe (como é possível que isto tenha acontecido, com esses pés) a meio do meio campo, junto à linha lateral, mata na coxa e chuta cruzado para o golo do ano. Foi o delírio na bancada! Um gesto técnico de arrepiar…até os pelos dos coiratos ficaram em pé!!!

O jogo estava terminado e a Ereira arrancou uma difícil vitória cheia de brio e garra, mostrando que a condição de líder é para manter.

Nunico